catarse

Versos escritos pelo avesso, precursores da frustração, alegorias práticas em tão pouco ferir, esmeros na habilidade de calar, prepotentes na tentativa de consonância, falhos na expressão de lucidez, próximos ao morno de não agradar, impotentes aos extremos em iludir proximidade.
Porém eles fogem, correm de meus lábios inquietos, fervem de meus dedos descuidados. Pedem, suplicam, repreendem e ameaçam indiferença.
Tão piedosa ao tentar mais uma vez cuspo um drama que não cabe mais a descrição, quer e fervilha pelo prático. Busca movimento e realidade, se desfaz em singelos gritos de timbre inebriante para que quanto as ações seja notado.
Não posso mais conte-lo.
O oponente rebelou-se contra o refúgio, julga sua veracidade desmentido suas fundamentações, acusando patologia ao que antes parecia pertencer ao afeto.
Se não expurga-lo posso engasgar com esse faminto que já repele o título de parasita. A vitalidade lá fora, regida de independência lhe parece mais estimulante que o esvaziamento constante ao qual é perpetuado.
Para variar, falta de coesão em exprimir.

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