âncora boiando

Sempre esperando alguém partir e desatenta a quem chegar. São os desencontros marcados.
Cegar a visão contemplando a si mesmo, sujeita a passar despercebida. Diria o poeta que o maior abandonado tem feito gestos à minha sombra, porém me comparo ao cão de rua mesmo. Às vezes se alimentando de migalhas, outrora fazendo festa à companhia de desconhecidos.
Cante pra mim, como se só nós dois estivéssemos entoando a fronteira desolada junto a sua falta de tato com quem se deixa num banco qualquer, com uma placa de solicitação de abrigo.

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