O milagre é uma constante

Mesmo trazendo a dança inconstante de raios e trovões, amedrontava quem não sabia se defender.
Visualizei a silhueta da liberdade e no total deslumbre me apaixonei pela sensação de vazio. Vou ao encontro do nada para obter a gratidão de ver a natureza se dissipar com o passar dos dias, carregar com ela a vida que pulsa, amigavelmente soa por entre povos e às vezes me faz sorrir. Sei que a desistência persiste, mas do profundo rente à lentidão eu vou dar vazão aos passos.
Queria não desprezar as minhas escolhas quando o arame da cerca se opõe a mim com a veracidade de ferir, no entanto em sonhos o ato de pular desdenhando o corte é magnífico de sentir.
O tempo apagará esses vícios e a mudez vai prevalecer com os sóis que brilham e se mantém distintos das outras luzes, por outros planetas, compreendendo o universo e seus ingratos habitantes.
 

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