engole


Dentes ardilosos em esconder sua faceta sanguinária de arrancar pedaços e cuspir pelo desagrado.
Já não precisam ser brilhantes em sua brancura e nem atraentes a presa mastigada, contudo ficam tão majestosos abrigados na tua boca, alojados na umidade da tua ganancia de triturar e não deglutir.
Essa falta de apetite desenfreada deveria aderir a goma de mascar, pois a carne humana agora parece reivindicar consciência, mau augúrio para tua perversidade.
O sábio retrucaria com o argumento da má digestão, entretanto, este maxilar compulsivo consegue no seu movimento mecânico escutar semelhante ladainha sem se quer aderir a si.

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