O mundo todo é hostil

Talvez seja insegurança, ou falta pretensão ao novo.
Há uma inquietude abalando meu sono, causando controvérsias, corroendo emoções e tornando decisões banais.
São valores distorcidos, opiniões de sábios fincando raízes e expondo verdades, muitas delas dilaceram antigas certezas e resumem argumentos a frágeis discursos vazios ornamentados com superlativos da língua. Esta maldita fere, se diz agente por hora do prazer, outrora como arma, mas que a mim somente se apresenta como malfeitora.
Bem dizia certo pensador que as ameaças a nossa rotina com o novo nos amedrontam. Para optar pela infantilidade...
Tudo isso devia soar com indiferença, contudo a ansiedade é maligna.
Recorrer à embriaguez foi tal ato infame e o que desceu queimando causou alívio, transportou a vítima para a congregação das lamentações, alçapão dos fracos. E a dormência do corpo apelava para manter-se desamparada por todos os dias, apenas com aquele gosto anunciando o veneno da calma, onde pensar em agir não era suficiente aos músculos, tão pouco aos sentimentos - todos declarados involuntários.
A falta por mais maquiada foi traída pela lágrima que bailou no incerto, invisível ao som dos corpos que mesmo com toda claridade mantinham-se míopes.
Tornar o físico ameno não foi o suficiente para o psicológico que teimava em acalentar e recordar que a menina devia sustentar-se só.

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