Crítica aos robôs

Esses são versos lacônicos em sua eficiência mas na contradição engabelados de pormenores. Não foi conduzido a pedidos de socorro mas em natureza supérflua uma opção de ver com outros olhos.
Talvez o mais sério dos isolamentos subentendidos e aqui encontrados.
De repente a confraria ficou nua e crua, e a realidade espancou-me deixando feridas em carne viva. Manter-me ao seu dispor e a toda torpe anexada, o ferimento só tende a infeccionar.
A fuga nada mais é do que a tentativa de cicatrizar, e se o antídoto não for posto em mãos por toda subjetividade que me resta, não haverá razão para tornar a me expor a fragilidade que é o sistema. Que tão hábil sempre é duro em minimizar perdas.
Deixou de ser fetiche construir a barreira social, a ausência é ampla e árida em sensações.
Quando se enxerga o mundo a sua volta com o filtro racional - que por muito tempo foi vendado pelo místico e espiritual, tão teatral mas aceito cretinamente por nossas inocências - aí toda base desaba, eu não sou eu e você não é você. Todos constituem a estrutura desonesta que sonda e habita cada metro quadrado do planeta.
Ser fiel em seus princípios e acabar com sua justa colaboração a insegurança, que ergue dando fim a brusca respiração poluente. Ou manter-se na medula espinhal recrutando feito débil um tanto mais de miseráveis.
E todo paradigma é colossal do ponto onde observo, com o desejo fulminante de ser espectadora do segundo em que ruir e a humanidade implodir-se em suas causas e porquês.

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