Conversa secreta

A porta está entreaberta e a calmaria das lamentações se mantém na espreita. 
Numa vigia constante. 
Impondo-me o terror de não concretizar o êxito de meus versos. 
Os fatos preveem uma alma agonizando, alertam a inocência que atua em mim. 
Não convém em minhas decisões a sabedoria de saber lidar. 
Limitar-se a acordar banhada de lágrimas, é assim. 
Seria um privilégio converter essas minhas previsões em risos. Mas os pesadelos são contínuos, e essa covardia que me habita... 
Não há outra confusão humana que zele pelo meu bem-estar. A vida parece dissipar-se facilmente. 
A chance do adeus não cabe a mim. 
Me conceda em misericórdia o dom da escolha certa. Fixe seus olhos em mim e me deseje sorte. E que a saudade suprema nos mantenha ao piscar dos olhos.

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