Pura confusão

O que fazer diante da realidade que bate em sua porta sem piedade e faminta por tua dor?
Fugir e esconder-se sob teu medo te afogará na mais agonizante tristeza.
Cada caminho se torna mais estreito e suas pernas já não aguentam seu peso, novamente a solidão te consome.
Os olhos permanecem fechados, cada escolha te deixa mais confuso e as consequências te atormentam.
Nadar? Ou deixar que a correnteza te guie?
Palavras nem melodias te acalmarão, cadê seus amigos de antes?
Memórias queimam instantaneamente em teus pensamentos, e esta tenebrosa friagem te causa calafrios.
Arrependimentos divertem a criatura dentro de ti, porque lágrimas te acusaram diante de sua raiva.
Unir-se a covardia letal ou buscar esperança no que você não crê?
Sinta-se à vontade para cair sob os pés de teus inimigos.
Alguém ouvirá seus apelos?
A escuridão se dissolve, pois ainda há motivo para continuar?
Agonia e aflição já substituíram o que restava.
Pergunto-me, isso é viver? Não haverá respostas.

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