no sol e na poeira

a cidade inteira comenta
que a ponte caiu sobre as pernas
                continua correndo
arrastando cabelos por água
       a vizinhança repete nomes insolúveis
       faço ecos das criações
por entre as grades brancas
ultrapassa  janelas
percorre a luz colorida
das xícaras que tu nomeia com o vapor do chá
          encanamento suspende fios
          os teus sempre pelo chão
maculando ausência

Nenhum comentário:

Postar um comentário