retratos do mundo flutuante

A respiração queima quando coloco as mãos para não chegar ao pó, acho que me engoli por completo. Como se fosse a última azeitona e o caroço engasgou e morri, e morremos.
Meio quadrado e amarelo, sem sal e sálvia dormente, ela brilha onde todos escondem. Pois até por dentro tem sol.
Por que
eu
é a palavra medíocre que colocamos antes da estupidez, para se arrepender e sentir vergonha de querer nuvens e permanecer em terra. Longe dessa tua fome antropofágica de me ter como gêmea dentro da madeira que guarda o fumo lunar, onde quis alucinar qualquer lembrança de ter sem acreditar e sem sair do quarto.

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