a verdade dorme cedo

Finco os pés na porta do seu quarto reivindicando ser o desastre de um baobá em teu asteroide de desolação e pôr do sol. Mas todo o vazio que entra pela janela vem ritmado a gargalhadas em apologia a cantos profanos paridos de uma tela de nitsch e seu Teatro das orgias e dos mistérios.
 Dos móveis polidos e imaculados do toque, da decoração tecida com alucinógenos e fumaça, o que mais agride é a indiferença matinal, sujeita a associação com a metralhadora cheia de mágoas do poeta.
O náufrago contempla sua partida, receoso em ir embora e com um adeus ao percurso de Dédalo nada tentador.
Engasgar um pouco importa meio mastigando a língua, não sei se a tua ou minha. Tudo para frear a fala mesmo querendo os discursos de repetição.

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