Existia a crença de que para dar certo precisava fazer sentido, significados constituíam compreensões, respostas preenchiam e olhares eram sinais. Porém o silêncio desses dias tem até me deixado calada, estão todos certos quando dizem que o mundo gira sem mim. Todas as especulações perderam a farsa e por trás das cortinas a comédia humana quer fazer sorrir.
Caminhei por onde não se vê onde tocam os pés e a brisa do lado de fora parece reconfortante para o vazio daqui de dentro, talvez seja a limitação dessas quatro paredes, a luz dessa lâmpada que cega e nada admite ver.
O que fascina os insetos a vagarem ao redor da claridade? No ritmo do que não se entende todos bailam mostrando os dentes.
O expectador nunca sente e tudo quer demonstrar como se todos os gestos pudessem pulsar nas palavras. Infame da parte dele.
Não é querer ter alguém por perto, é acreditar que não se está sozinho. E mesmo que de lado algum a proteção provenha, continua sendo difícil de acreditar na minha suficiência com tanta devassidão.
A folia das imediações escarnecendo afeto somado as expressões felizes, chegam até aqui indiferentes e pela grande falta de esforço eu as deixo. Muito tempo comigo é sinônimo de desprezo a todos, tão consequente que não se define em involuntário.
E a criatura aquém passa a reinar em outro planeta, afinal esse daqui já extenua vontade.
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